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Gramática

O uso dos porquês

       a) Por que (separado e sem acento):  

Possui dois empregos diferenciados: 

  • Quando for a junção da preposição “por” + pronome  interrogativo ou indefinido “que”, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”. 

Exemplo:

Por que ele não ligou para a polícia? (por qual razão) 

Observação: Em perguntas que começam com “por que”, o uso sempre será desta forma. 

 

  • Quando for a junção da preposição “por” + pronome relativo “que”, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as  flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais. 

Exemplos:

Sei bem por que (motivo) ele foi condenado. (pelo qual) 

Essas são as causas por que ele foi condenado. (pelas quais). 

 

       b) Por quê (separado e com acento): 

É usado quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação. O por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. 

Exemplos:

Ela não quis responder, não sei por quê.

Vocês não foram atendidos? Por quê? 

 

       c) Porque (junto e sem acento): 

É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”. Ligará duas orações explicando causa, justificativa ou finalidade. 

Exemplos:

Não fui ao médico porque tive que trabalhar. (pois) 

Não faça intriga porque prejudicará você mesmo. (uma vez que) 

 

       d)Porquê (junto e com acento): 

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem  acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos:

O porquê de não ter votado nele é porque ele é corrupto. (motivo) 

Se ele fez isso, teve um porquê. (uma razão)

O uso dos porquês

O uso do “se não” e do “senão”

O uso do “se não” e do “senão” 

Trata-se da conjunção “se” com o advérbio “não”. 

       a) Se não:

Pode ser substituído por “caso não”: 

Exemplos:

Se não chover (caso não chova), o estádio deverá ficar lotado. 

Serão advertidos se não (caso não) forem trabalhar. 

 

Equivale ainda a “quando não”:  

Exemplos:

Queremos contratar três empregados, se não quatro.  

Esta é, se não (quando não) uma missão impossível, pelo menos uma tarefa muito difícil. 

 

O se não é conjunção integrante e introduz oração que funciona como objeto direto. 

Exemplos:

Queria saber se não havia mais lugar na sala.

Todos lhe ponderaram se não devia esperar mais. 

 

       b) Senão: 

Pode ser substituído por “do contrário”, “de outra forma”, “aliás”.

Exemplos:

Ande logo, senão chegaremos atrasados.

As empresas precisam aumentar a receita, senão não terão como pagar as contas. 

 

Pode ser substituído por “a não ser que”, “mais do que”, “menos”, “com exceção de”

Exemplos:

O coração não é senão um órgão muscular. 

Não fazia outra coisa senão chorar.

Não conseguia fazer outra coisa senão pensar nos filhos. 

 

Pode ser substituído por “mas”, “mas sim”, “mas também”.

Exemplos:

Ninguém ama o que deve, senão o que deseja.

Isto não cabe a ele, senão aos amigos. 

 

Pode ser substituído por “de repente”, “de súbito”, “eis que” (como senão quando)

Exemplos:

Eis senão quando todos os viram chegar.

E foi senão quando os presentes o puderam desmascarar. 

 

Pode ser substituído por “mas antes”, “mas sim” (como senão que): 

Exemplo:

Agora, não falará apenas por uma rede de TV, senão que por todas as emissoras. 

 

Pode ser substituído por falha, defeito, obstáculo (como substantivo): 

Exemplo:

Só tinha um senão: era muito instável.

O uso da crase

O uso da crase

Sempre que fundir duas vogais iguais (a + a), quando o termo  antecedente exige a preposição a ou o termo posterior aceita  o artigo a 

Exemplos:

Fui à (a+a) cidade. (Exige preposição)

Conheço a cidade. (Conheço o quê? Verbo transitivo, não exige preposição) 

 

Para local, use a frase: Vou a… volto de… (Se a frase aplicar como “volto da”, haverá crase) 

Exemplo: 

Vou a Mariana. Volto DE Mariana. (Não há crase; o mesmo vale para Ouro Preto) 

Vou à França. Volto DA França. (Há crase). 

 

Nunca ocorre crase: 

  • Antes de masculino 

Exemplo: Caminhava a passo lento. 

 

  • Antes de verbo: 

Exemplo: Estou disposto a falar. 

 

  • Antes de pronome, em geral: 

Exemplo: Eu me referi a esta menina.

 

  • Antes de pronome de tratamento: 

Exemplo: Dirijo-me a Vossa Excelência. 

Obs.: “senhora”, “senhorita” e “dona” fogem à regra e aceitam crase. 

 

  • Entre palavras repetidas: 

Exemplo: Estamos cara a cara.

 

Sempre ocorre crase: 

  • Em indicação pontual do número de horas: 

Exemplo: Chegamos às duas horas. 

 

  • Com a expressão à moda ou à maneira, mesmo estando implícita: 

Exemplo: Escrevo à (moda de) Veríssimo. 

 

  • Em expressões adverbiais femininas que exprimem tempo, lugar, modo, etc: 

Exemplos: 

Saíram à noite. (tempo)

Caminhavam às pressas. (modo).

O uso da vírgula

O uso da vírgula

Sinal de pontuação que tem como função indicar uma pausa e separar constituintes de uma frase. 

  • Pode ser usado para isolar nomes próprios relacionados a um determinado lugar seguidos de sua respectiva data. 

Exemplo: 

Mariana, 12 de fevereiro de 2013.

 

  • Separar orações coordenadas assindéticas (que são isentas de  conectivos que as liguem).

Exemplo: 

Ao iniciar a reunião, todos apresentaram as pautas e começaram a discutir os assuntos pertinentes, chegando a um consenso muito antes do esperado. 

 

  • Separar orações coordenadas sindéticas iniciadas pelas  conjunções adversativas, alternativas, conclusivas ou  explicativas. 

Exemplos:

Precisava urgentemente se decidir, ou trabalhava, ou estudava. 

A aluna obteve a primeira colocação nas Olimpíadas de  Matemática, logo se preparou muito para tal. 

Não me sinto preparada para esta viagem, pois tive que decidir rapidamente. 

Sinto-me honrada com suas desculpas, porém nossa amizade não será mais a mesma. 

 

  • Isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas, uma vez representadas por: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, dentre outras. 

Exemplos:

A violência social é um problema grave, ou melhor, assustador. 

Pretendo despachar os documentos em breve, isto é, na próxima semana. 

 

  • Separar apostos e vocativos em uma oração.

Exemplos: 

Marcos, traga seu certificado assim que puder, pois preciso entregá-lo ao Departamento de Pessoal. Marta, irmã de Pedro, casou-se ontem. 

 

  • Separar um adjunto adverbial, antecipado ou intercalado entre o discurso. 

Exemplos: 

Naqueles tempos, havia uma maior interação entre as pessoas. 

Sem que ninguém esperasse, repentinamente, ela apareceu. 

 

  • Isolar algumas orações intercaladas. 

Exemplo: 

Precisamos, pois, estarmos atentos a tudo que acontece. 

 

  • Isolar um complemento pleonástico antecipado ao verbo. 

Exemplo: 

Aos invisíveis, por que não ignorá-los? 

 

  • Indicar a eliminação de um verbo subentendido na oração  (recurso linguístico caracterizado pela elipse).

Exemplo: 

Grande parte dos alunos estava trajada de country; Patrícia, de caipira. (A vírgula indica a eliminação da locução verbal – estava trajada) 

 

  • Separar termos coordenados em uma oração.

Exemplo: 

Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para uma agradável confraternização familiar. 

 

  • Separar orações subordinadas adjetivas explicativas. 

Exemplo: 

Santos Dumont, que é considerado o pai da aviação, foi o inventor do 14 Bis. 

 

  • Separar orações adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),  sobretudo, quando estas se antepuserem à oração principal. 

Exemplo: 

Ao chegar em casa, percebi sua apreensão. Caso queira conversar comigo, avise-me antecipadamente. 

 

Não use a vírgula:

 

Estando a oração em ordem direta (seus termos sucedem-se na seguinte progressão: sujeito -> verbo -> complementos do verbo (objetos) -> adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. 

Assim, não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista  sintático, ligam-se diretamente entre si:

 

  • Entre sujeito e predicado.

Exemplo:

Todos os alunos da sala foram advertidos.   

 

  • Sujeito predicado: Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. 

 

  • Entre o verbo e seus objetos. 

Exemplo:

O trabalho custou sacrifício aos realizadores.   V.T.D.I. O.D. O.I. 

 

Use vírgulas nos casos de apostos explicativos (que não comprometem o significado da frase caso sejam suprimidos). 

Exemplo:

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, será candidato a à reeleição. (O prefeito de Mariana será candidato à reeleição). 

 

Não use vírgulas nos casos de apostos especificativos (que  individualiza um substantivo de sentido genérico). 

 

Exemplo:

O professor de física João da Silva é elogiado pelos alunos. 

 

Dica: para que o nome próprio funcione como aposto explicativo (entre vírgulas) e não como especificativo (sem vírgulas), é necessário que exprima uma condição singular, própria de apenas um ser (só há uma presidente, um prefeito de Mariana, um reitor da Ufop; mas há vários professores de física).

Uso do ponto e vírgula

Uso do ponto e vírgula

O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou.  

Emprega-se nos seguintes casos: 

 

  • Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção,  que guardam relação entre si. 

Exemplo:

O rio está poluído; os peixes estão mortos. 

 

  • Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma  delas já possui elementos separados por vírgula. 

Exemplo:

O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra. 

 

  • Para separar itens de uma enumeração. 

Exemplo:

No parque de diversões, as crianças encontram: brinquedos; balões; pipoca.

 

  • Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém,  contudo, todavia, entretanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula.  

Exemplo:

Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã. 

 

  • Para separar orações coordenadas adversativas quando a  conjunção aparecer no meio da oração. 

Exemplo:

Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns. 

Dois-pontos

Dois-pontos

O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz em uma frase não concluída. Emprega-se, geralmente, para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção. 

Exemplo:

“Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz: Podemos avisar sua tia, não?” (Graciliano Ramos) 

 

  • Para anunciar uma citação. 

 

Exemplos:

Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. 

Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: “Tristeza não tem fim, Felicidade sim”. 

 

  • Para anunciar uma enumeração.

Exemplo:

Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos. 

 

  • Antes de orações apositivas. 

Exemplo:

Só aceito com uma condição: Irás ao cinema comigo. 

 

  • Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse. 

Exemplo:

Marcelo era assim mesmo: Não tolerava ofensas. 

Resultado: Corri muito, mas não alcancei o ladrão.

Em resumo: Montei um negócio e hoje estou rico. 

 

Observação: Os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. 

O uso das aspas

O uso das aspas

Há duas situações básicas em que usamos aspas no discurso:

  • Indicação de foco, quando colocamos entre aspas o texto citado, aquele que reproduz fielmente o que outro disse.  

Exemplos:

Em oposição aos integralistas, o Barão de Itararé dizia: “Adeus, Pátria e família”. 

O lema do governo JK era: “Cinquenta anos em cinco”.

 

As aspas indicam aqui uma mudança de foco. Do discurso próprio se passa ao citado. 

Observação: Nessa função, as aspas são usadas em  alternância com o travessão. O enunciado entre aspas, porém, pode ficar no mesmo parágrafo do segmento que o antecede. Já o travessão, nesse caso, deve iniciar o parágrafo.

 

  • Indicação de uso ressalvado.

É comum pôr entre aspas uma palavra quando queremos explicitar que por algum motivo o uso dela no enunciado está sob ressalva. Há várias razões para ressalvar o uso de uma palavra com aspas, entre elas: 

       a) Indicar que se trata de menção e não de uso. 

Exemplo:

A palavra “filosofia” é de origem grega. 

 

       b) Indicar que se trata de gíria, estrangeirismo, regionalismo, jargão profissional, neologismo ou outro caso com conotação polêmica. 

Exemplo:

O Ministério da Economia autorizou o “realinhamento” dos preços.

 

       c) Indicar ironia. A palavra diz o oposto do que se pretende. 

Exemplo:

Ele ficou muito “alegre” com a visita da sogra.

 

        d) Indicar título de obra. 

Exemplo:

Sua obra favorita era “Grande Sertão: Veredas”. 

 

Observação: O uso das aspas nesse caso é uma decisão pessoal do redator. Trata-se mais de um uso retórico que ditame ortográfico. 

Observação: no Lampião, prefere-se a grafia de obras de arte (filmes, livros, peças, álbuns) em itálico. 

 

Variantes de design:  

Quanto ao design, as aspas admitem algumas variantes: 

„Alemãs” 

“Francesas” 

“Inglesas” 

‘Simples verticais’ 

“Verticais” 

Usa-se aspas simples quando temos aspas aninhadas em um  segmento entre aspas. 

 

Os sinais de pontuação devem ficar junto da frase à qual pertencem. Se a frase está entre aspas, seu sinal de pontuação deve ficar entre aspas também. Caso contrário, o sinal de pontuação deve ficar fora das aspas.


 

Exemplos:

Vargas terminou sua carta testamento assim: “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.”

Estou lendo “Cem anos de solidão”.

Reticências

Reticências

Usada para indicar suspensão ou interrupção de pensamento, para indicar hesitação. Indicam também ironia, malícia ou qualquer outro sentimento que o autor não queira explicitar. Para dar tempo ao leitor para que ele reflita sobre o que foi escrito na mensagem. 

Têm valor essencialmente literário e devem ser evitadas nas notícias, para não lhes dar o caráter de indefinição.  

 

Jornalisticamente, as reticências são admitidas nestes dois casos: 

  • Nas legendas em sequência  

Exemplo:

O touro enfurecido investe contra os populares… e é contido por um toureiro improvisado.

 

  • Entre parênteses, para indicar que uma citação foi interrompida e retomada mais adiante. 

Exemplo:

Diz o estudo: “A população brasileira é comedida e repele os extremos. Tome os partidos de direita e de esquerda. (...) Está sujeita, porém, à sedução dos líderes carismáticos que, ao longo dos anos, tem  elegido com certa constância”.

Travessão

Travessão

Sinal de pontuação que serve para indicar mudança de interlocutor e para isolar palavras, frases ou expressões parentéticas, semelhante ao parêntese. 

  • É usado para intercalar uma expressão explicativa ou complementar no período, equivalente, conforme o caso, as vírgulas ou parênteses. 

Exemplo:

O governador do Estado de Minas Gerais - estado mais afetado pela medida - recusou-se a falar à imprensa.

 

  • Introduz uma pausa mais forte no período ou destaca a parte final de um enunciado. 

Exemplo:

O cineasta atacou a plateia de “intelectuais adultos” - suposta nata da crítica mundial.

 

  • Liga palavras ou grupos distintos de palavras que não formam um terceiro significado. Isto é, não existe um conjunto semântico, como nas palavras compostas, mas apenas encadeamentos. Nesse caso não se emprega o hífen, mas o travessão. O hífen formaria uma palavra composta, quando o que se tem é uma cadeia vocabular. 

Exemplos:

A linha Rio – Nova York. 

A harmonia motoristas – pedestres. 

A rivalidade São Paulo – Boca Juniors. 

 

  • Separa as datas de nascimento e morte de uma pessoa. 

Exemplo:

Maria Antônia Ferreira, São Paulo, 1910 – Minas Gerais, 1989. 

 

Observação: Jamais coloque duas travessões no mesmo  período, para não confundir o leitor. 

Observação: travessão (–) não é hífen (-). Graficamente, são dois sinais distintos.  

Regência nominal

Regência nominal

A regência nominal é a parte da gramática que estuda a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa ligação, em geral, é feita por meio de uma preposição.

Esse Manual relaciona apenas a regência mais usual dos verbos, substantivos e adjetivos ou as formas que possam dar maior margem a dúvidas, definindo-se, em alguns casos, por uma delas, entre duas ou mais possíveis. 

 

Só é possível dar o mesmo complemento a dois ou mais verbos se eles tiverem regência idêntica.  

Exemplos:

A Argentina congela e reajusta os preços e os salários (congela os e reajusta os). 

Ela encontrou-se e jantou com o amigo (encontra-se com e janta com).

 

Se a regência for diferente, esse tipo de oração estará errado. 

Exemplos:

Deputado ataca e pode romper com o prefeito (ataca o e rompe com)

A Polícia identifica e pede a prisão dos assaltantes (identifica os e pede a prisão dos).

 

Observação: Existem opções de construções corretas das orações. Caso a frase soe mal, estruture-a de outra forma. 

 

Como exceções, admite-se apenas o uso das palavras abaixo, por constituírem praticamente frases feitas: 

       a) Entrar e sair: 

Exemplo:

Ele vive entrando e saindo do time. 

 

       b) A favor ou contra: 

Exemplo:

Você é a favor ou contra a nova lei?

 

       c) Antes, durante, depois: 

Exemplo:

Antes, durante e depois da reunião, houve muitas discussões.

Colocações pronominais

Colocações pronominais

►Próclise 

Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorre próclise: 

Exemplo:

Em se tratando de cinema, prefiro suspense.

Saiu do escritório, não nos revelando os motivos. 

 

       a) Com palavras e expressões negativas: 

Exemplo:

Nada me perturba 

 

       b) Com conjunções subordinativas: 

Exemplo: 

Quando se trata de comida, ele é um expert. 

 

       c) Com advérbios: 

Exemplo: 

Sempre me dediquei aos estudos. 

 

       d) Em frases interrogativas: 

Exemplo: 

Quanto me cobrará pela tradução? 

 

       e) Verbos no gerúndio antecipados de preposição “EM”:

Exemplo: 

Em se tratando de beleza, ele é um campeão. 

 

       f) Em frases exclamativas ou optativas:

Exemplo: 

Deus te abençoe. 

 

       g) Com formas verbais proparoxítonas: 

Exemplo: 

Nós os censurávamos. 


 

►Ênclise

       a) Com o verbo no infinitivo está sempre certa: 

Exemplo: 

Entregar-lhe. 

Não posso recebê-lo. 

 

       b) Verbo no início da frase: 

Exemplo: 

Entregaram-me as camisas. 

 

       c) Verbos no imperativo afirmativo: 

Exemplo: 

Alunos, comportem-se. 

 

       d) Verbos no gerúndio: 

Exemplo: 

Saiu deixando-nos por um instante: 

 

       e) Verbos no infinitivo pessoal: 

Exemplo: Convém contar-lhe tudo. 

 

  • Quando não usar:                                                                                  a) Ênclise no futuro e particípio estão sempre erradas:

Exemplo:

Tornarei-me 

Tinha entregado-nos. 

 

Observação: o texto jornalístico não gosta de mesóclise.

Anexo gramatical

Anexo gramatical

A fim ou afim 

 

“A fim de” significa objetivo 

Exemplo: 

O presidente foi ao congresso a fim de acalmar os ânimos. 

 

“Afim” significa afinidade: 

Exemplo: 

O repórter identificou um caso afim. 

 

►Ao invés de ou em vez de 

 

“Ao invés de” é o mesmo que “ao contrário de”. Tem ideia de oposição excludente: 

Exemplo: 

Com a crise, ao invés de aumentar, caiu o preço. 

 

“Em vez de” significa “em lugar de”. A ideia é de alternativa, que não necessariamente exclua outra opção. 

Exemplo: 

Em vez de estudar, acabou indo ao cinema. 

 

►Este, esse ou aquele 

 

Este (esta, isto) indicam o que é da pessoa que fala ou o que (ou  quem) está perto dela. 

Exemplo: 

Este livro é muito bom. 

Isto é uma ótima maneira de fazer as coisas. 

 

Esse (essa, isso) indica o que é da pessoa com quem se fala ou o que (ou quem) está perto dela. 

Exemplo: 

Esse livro é muito bom. 

Isso é trabalho que se apresente?

 

Aquele (aquela, aquilo) indica coisa ou pessoa distante do emissor e receptor. 

Exemplo: 

Aquela pessoa não é confiável. 

De quem é aquele carro?

Palavras e as preposições mais comuns

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Regras da Reforma Ortográfica

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