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Experiências gastronômicas com sabor e variedade na Região dos Inconfidentes

Em apoio ao turismo nas cidades de Ouro Preto e Mariana, restaurantes oferecem culinária com pratos especiais, dos mais simples aos mais sofisticados


Ana Júlia Portela, Bianca Parma e Stella Dutra

Pessoa segura um prato raso de louça branca, nele contém arroz branco, feijão carioca de caldo, farofa e um pastel. Ela se serve com um pegador de couve refogada. Abaixo do prato tem uma grande mesa com diversas travessas, em destaque, uma travessa com linguiça e cebola branca em rodelas e uma travessa de batatas assadas.

Cliente aproveita a variedade de pratos servidos. | Foto: Ana Júlia Portela


Conhecidas pelo seu passado colonial e arquitetura encantadora, as ruas históricas de Mariana e Ouro Preto recebem grande número de visitantes ao longo de todo o ano. O estado de Minas Gerais é reconhecido, além dos seus encantos naturais, riqueza cultural e povo acolhedor, também pela culinária típica que mistura tradição e originalidade.


Ao andar pelas ruas de pedra dessas cidades, os turistas encontram, próximos aos locais mais famosos, restaurantes que oferecem um menu diversificado. Dessa forma, os visitantes podem escolher o restaurante pelo serviço à la carte ou self-service e decidir quais tipos de pratos gostariam de comer, desde os tipicamente mineiros, releituras de pratos tradicionais ou, até mesmo, pratos da culinária contemporânea e estrangeira.


Confira aqui os restaurantes à la carte e self-service com comida regional em Mariana


Cristiano Trombini, chef e professor de gastronomia no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em Ouro Preto, ressalta que a população mineira é conservadora em sua alimentação, pois consome tipos de alimento semelhantes com o passar do tempo: “O que se come hoje em dia, em muitas regiões, é o mesmo que se comia há 50, cem anos”.


O quiabo, ingrediente comum à culinária mineira, é utilizado no preparo de pratos característicos da região. | Foto: Stella Dutra


O professor explica que apesar dos alimentos serem os mesmos de outros tempos, a matéria-prima encontrada se diferencia. “Não se pode falar que o açúcar é o mesmo de cem anos atrás, né? Mas, as preparações, o estilo das receitas, o comportamento alimentar é muito tradicional e ancestral em Minas Gerais. As pessoas continuam se alimentando muito da carne suína, o frango também faz parte muito da alimentação do mineiro, existe também o boi, mas vocês podem perceber que a culinária é ancestral”, alega Cristiano.


Mariana


A Secretaria de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Lazer de Mariana produziu um relatório sobre o fluxo de turistas que visitaram a cidade em 2022. O documento é composto por dados levantados a partir de uma pesquisa realizada com 184 pessoas. Segundo a enquete, 62,40% dos turistas visitaram o município por lazer e a passeio, e 1% afirmou ter interesse em conhecer a gastronomia regional.


Praça Minas Gerais, onde se encontram as Igrejas de São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo

e o Pelourinho. | Foto: Ana Júlia Portela


Localizada na Região dos Inconfidentes, muitos visitantes se deslocam para conhecer a histórica cidade de Mariana, famosa por ser a primeira cidade e capital do estado. No coração de seu Centro Histórico, encontra-se a Praça Gomes Freire, conhecida como Jardim, próxima às Igrejas Nossa Senhora do Carmo, São Francisco de Assis e Igreja da Sé, cercada por restaurantes.


Um deles é o Nosso, restaurante de cozinha contemporânea que, desde 2020, oferece uma grande variedade de pratos da alta gastronomia mundial, além de possuir uma linha de culinária mineira. O chef de cozinha do estabelecimento, Bruno Salgueiro, explica que os pratos mineiros saem 80% mais nos finais de semana, pois nesses dias o movimento dos turistas na cidade é maior. “A gente só abre para almoço no sábado e domingo, então, são pratos bem a cara de almoço, como o tutu com costelinha de porco e também o tropeiro, que são tradicionais", conta.


Ao destacar as preferências dos turistas na escolha dos pratos oferecidos no cardápio do restaurante, o chef Bruno também faz referência às sobremesas: “Tem um petit gateau de Minas, que é de goiabada com sorvete e queijo, para trazer essa experiência para o cliente. Muita gente do Sul, de São Paulo, chega e fala: ‘A gente quer provar comida mineira’”.


A apresentação dos pratos também é prioridade nos restaurantes, como o Filé ao Gorgonzola servido no Nosso,

em Mariana | Foto: Bianca Parma


Na cidade, também é muito comum encontrar estabelecimentos com sistema self-service, especialmente nas regiões próximas ao Centro Histórico, onde há a maior concentração de visitantes. No geral, esses restaurantes funcionam durante o almoço e oferecem refeição em buffet livre e por quilo, com uma grande variedade de pratos servidos em uma bancada para o cliente escolher. A principal característica em comum nesse tipo de restaurante é que os pratos são voltados para a culinária mineira tradicional.


Indicações


De acordo com o guia turístico autônomo, Marcos Wander dos Anjos, existe uma prioridade de indicação de restaurantes de acordo com cada visita guiada. “Depende muito da disponibilidade do cliente no decorrer do passeio, porque como tem que visitar pontos turísticos depois do almoço, a gente normalmente sugere um restaurante que seja livre ou com comida a quilo”, pontua.


Em Mariana, o guia turístico João Carlos Anastácio explica que as indicações dos restaurantes para os turistas são feitas a partir da boa higiene do local, do atendimento e da culinária mineira: “Os restaurantes que nós indicamos, aqui em Mariana, é o Rancho da Praça, comida típica mineira no fogão à lenha, e o Lua Cheia, com uma comida extraordinária, muito boa a culinária.”


Em 1999, pensando em atender a demanda por restaurantes voltados aos turistas que visitam a cidade e buscam a culinária mineira, Celso Neves abriu o restaurante Rancho, também localizado às margens da Praça Gomes Freire. “Sempre temos alguns pratos diferentes, algumas massas, mas só pra completar o cardápio. Basicamente o que mais é consumido é carne de porco, que é tipicamente mineira, e o frango com quiabo”, explica Neves.


No Rancho, a comida é servida em panela de pedra, artesanato típico de Cachoeira do Brumado, distrito de Mariana. O proprietário do estabelecimento considera que esta forma de apresentação dos pratos é um atrativo, além da localização e da arquitetura do prédio onde o restaurante está instalado, um típico casarão colonial.


Ainda no Centro Histórico da cidade, está localizado o restaurante Lua Cheia, com quase 30 anos de funcionamento. O estabelecimento atualmente oferece o serviço self-service e possui grande variedade de opções para o almoço, desde a comida tradicional mineira até opções vegetarianas e veganas. “Procuramos atender todo tipo de público, temos pratos variados para atender toda a faixa etária e todas as pessoas, todos que não comem carnes e veganos, para quem não gosta de carne”, conta Marly Alves, sócia e uma das fundadoras do restaurante juntamente com Otilia Maria dos Santos.


O conceito do restaurante é servir uma comida saborosa e de qualidade, que satisfaça os clientes: “Quero que o cliente saia com a sensação de acolhimento e satisfação. As pessoas saem captando energias boas dos pratos, se ela saiu feliz, eu posso dizer que a gente passa isso para as famílias”, afirma Marly.


Assim como o restaurante Rancho, o Lua Cheia possui vários pratos e ingredientes da culinária mineira, um dos destaques do restaurante é o tempero, motivo de orgulho para Marly, que aprendeu a cozinhar com a mãe e as tias. “A gente costuma dizer que é o tempero da vovó, né? A mente cozinha, mas quem tempera é a alma. Quando vem de dentro assim, a comida é diferente”, conta a empresária ao afirmar, ainda, que as receitas foram passadas de geração em geração formando a identidade da sua cozinha.


Regional


Afastada das ruas de pedra do Centro Histórico de Mariana, na Rua do Catete, uma das mais movimentadas da cidade, encontra-se a Choperia e Restaurante Mineiríssimo. Kenneth Matos, proprietário do estabelecimento, afirma que os pratos são servidos à la carte, pensando em evitar desperdícios e oferecer comida feita com ingredientes frescos. De acordo com ele, essa também é uma forma de variar o cardápio diariamente.


No Mineiríssimo, além da culinária em si, diversos elementos regionais são incrementados aos pratos, como as louças onde servem-se as refeições. “O primeiro passo foi trabalhar com produtos locais. A gente serve toda a nossa refeição no prato de pedra e nas cumbuquinhas de pedra que são fabricadas aqui na região, o nosso cardápio é mais voltado para comida mineira”, afirma Kenneth.


Para o empresário, outro fator que diferencia a experiência no restaurante é o atendimento ao cliente, feito de maneira acolhedora. “Dois alemães estavam aqui em Mariana há cinco dias e eles falaram que se tivessem conhecido o Mineiríssimo no primeiro dia, não iriam em outro lugar, justamente pelo acolhimento, pela tratativa”, conta Kenneth sobre o retorno dado pelos clientes.




Ouro Preto


Apesar de receber visitantes durante todo o ano, a alta temporada de turismo na cidade de Ouro Preto acontece durante o inverno. Segundo o guia João Carlos Anastácio, “nessa época, de junho a agosto, por causa dos feriados prolongados, como o feriado de Corpus Christi, e as férias escolares, que acontecem em julho, é alta temporada. Assim o fluxo de turistas nas cidades históricas é maior e aumenta o trabalho para todos do setor turístico”. Em um simples passeio pelo Centro Histórico, é possível identificar sotaques de diversas regiões do país, além de uma grande variedade de idiomas.


Praça Tiradentes em Ouro Preto, que tem como cartão postal o obelisco do Inconfidente Tiradentes e

o Museu da Inconfidência | Foto: Ana Júlia Portela


Apesar da economia da cidade girar em torno do turismo, Ouro Preto não possui dados precisos sobre a atividade. A Secretaria de Turismo estima cerca de 900 mil visitantes anuais e aproximadamente 150 estabelecimentos como bares, restaurantes, lanchonetes e cervejarias.


Durante o período de maior movimento na cidade, um destaque é o Restaurante Império, que recebe cerca de 250 a 300 clientes diariamente. Isso acontece por diversos motivos, como a localização privilegiada na Praça Tiradentes e por se tratar de um restaurante self-service, que oferece o serviço de forma mais rápida e com menor custo.


André Augusto de Souza, gerente do Restaurante Império, afirma: “Acho que o nosso diferencial é a variedade, são mais de 30 pratos”. O sistema self-service costuma possuir valor mais acessível, o que também é um atrativo aos turistas. A variedade também é um fator importante, pois os clientes veganos, vegetarianos e intolerantes a glúten e lactose podem encontrar diversos pratos para seu consumo.


Confira aqui os restaurantes à la carte e self-service com comida regional em Ouro Preto


O restaurante Adega Ouro Preto, localizado na Rua Teixeira Amaral, a 450 metros da Praça Tiradentes, possui 40 anos de história e segundo o proprietário Sílvio Luiz, foi o primeiro restaurante a adotar o modelo self-service em Ouro Preto e durante a noite oferecer atendimento à la carte. Sílvio fala sobre o tipo de culinária servida pelo restaurante:

“O forte da nossa culinária é a mineira, com os pratos tradicionais de um tropeiro, frango com quiabo, ao molho pardo, tutu à mineira. A gente tem uma comida bem diversificada também, a gente tem massas, carnes, filés, carnes de panelas grelhadas, então a gente procura assim diversificar bastante o nosso cardápio”. O empresário destaca que o atendimento ao cliente no estabelecimento é seu principal diferencial. “Marca muito a recepção, o carinho e a qualidade do atendimento.”


Apesar dos restaurantes self-service serem muito populares, Ouro Preto também possui uma grande variedade de restaurantes que oferecem pratos à la carte com experiência gastronômica diferenciada que agrada aos turistas de todas as regiões. Milsane Sebastião, sócia-proprietária e chef do Sebastião, afirma que o conceito por trás de seu restaurante, localizado ao lado do Museu da Inconfidência, é oferecer uma comida contemporânea com referência mineira, feita com ingredientes locais.


Além disso, o Sebastião oferece o chamado “serviço francês” ou “comida de três tempos”, que conta com entrada, prato principal e sobremesa. Dessa forma, a proprietária explica que busca democratizar o formato, oferecendo-o por um valor mais acessível. Segundo Milsane, o diferencial de seu estabelecimento é o processo de criação dos pratos, que baseia-se na história local, utilizando ingredientes que possuem um significado histórico, além do sabor marcante.


A proprietária também aponta que os turistas procuram a gastronomia não pelo macro, ou seja, a comida tradicional mineira, mas pelo que a região oferece. “Eu acho que o maior diferencial é a história mesmo, e esses ingredientes locais (...). Aqui no restaurante tem, por exemplo, o bolinho aberto que conta a história da invasão de Minas. A base dele é o primeiro ingrediente de Minas, a mandioca, que representa os indígenas que já estavam aqui”, relata.


Mineiridade


O restaurante O Passo PizzaJazz tem 19 anos de história e fica localizado na Rua São José, muito visitada pelos turistas e uma das principais ruas do Centro Histórico. Diferente dos outros restaurantes apresentados aqui, oferece a seus clientes uma gastronomia internacional, composta por pratos italianos e franceses.


O chef do estabelecimento, Gabriel Igor Rosa, conta que, há poucos dias, uma família de brasileiros que mora em Boston visitou o restaurante pela segunda vez, pois gostaram da comida servida no local e gostariam de conferir as novidades do cardápio. “Acaba que a pessoa pode até seguir outro roteiro de viagem, mas se consegue um tempinho, acabam retornando na casa, comendo outras coisas. É muito gratificante”, afirma Gabriel.


Apesar de não ser o foco, a mineiridade ainda está presente nos pratos. “Nas entradas, a gente tem uma linguiça artesanal com farofinha de milho, porque o milho é muito cultivado por aqui. E a gente tem uma costela bovina prensada e desossada, com farofa de milho e purê de baroa, que é um ingrediente muito usado por aqui também. É uma lembrança da comida mineira, dentre outras coisas”, explica o chef.


Com o menu variado do estabelecimento, ele conta sobre a diferença entre os pedidos de turistas ao redor do Brasil e do mundo. “Por exemplo, os visitantes do Sul comem mais carne e pedem mais tempero na comida, enquanto os turistas asiáticos preferem pedir entrada, prato principal e sobremesa juntos, pois culturalmente gostam de mesa farta. Então é uma percepção que a gente tem assim no dia a dia”, relata.




A busca gastronômica


A mineiridade presente nos pratos do restaurante Lua Cheia | Foto: Stella Dutra


Em cidades históricas, é possível perceber uma forte presença de guias abordando e orientando os visitantes pelas ruas e principais pontos turísticos. O guia Marcos dos Anjos explica que antes de indicar algum restaurante, questiona ao grupo se já foi realizada alguma pesquisa, se tem preferência ou indicação. Se a resposta for positiva, ele apenas encaminha os turistas até o local desejado. Em caso de negativa, Marcos indica os restaurantes com quem faz parceria.


“Já aconteceu várias vezes de a gente indicar um restaurante e no outro dia a pessoa voltar. Ou a pessoa ir embora e voltar um outro dia ou outro ano e procurar o mesmo restaurante que almoçou da primeira vez. Isso é muito comum de acontecer”, comentou o guia turístico Marcos.


Sílvio Luís, do restaurante Adega Ouro Preto, comenta sobre a importância da parceria com os guias turísticos da cidade: “Temos alguns guias de turismo ouropretanos ou de fora de Ouro preto, que trazem os turistas para almoçar. Tem os guias de Belo Horizonte que agenciam os turistas nos hotéis e trazem aqui”.


Gustavo Augusto Lopes Alvim, é da cidade mineira de Ipatinga e visita Ouro Preto frequentemente há sete anos. Segundo ele, durante esse tempo, pôde perceber que os restaurantes vêm aprimorando seus atendimentos. Gustavo afirma que prefere provar pratos diferentes: “A comida mineira já é boa de qualquer maneira, né? Então a gente já está acostumado a comer bem, mas aqui tá muito bom, comparando com outros lugares em BH e fora. A cidade está de parabéns!” explica.


Bárbara Azevedo, também de Ipatinga, é amante da gastronomia e, pela primeira vez visitando Ouro Preto, afirmou: “Eu percebi que a cidade tem uma parte gastronômica muito valiosa, muito rica, em cada restaurante que a gente vai tem muita opção, muita variedade. Tem a parte mineira, mas a gente também vê outras culturas, outros países”.


Marcos Reis, de Fortaleza, visitou a Primaz de Minas pela primeira vez há alguns anos atrás sozinho e decidiu voltar acompanhado de sua esposa, Cristina Alves, para comemorar 20 anos de casados. Apesar de morar no Nordeste, região muito famosa pela culinária, Marcos afirma: “A comida mineira é maravilhosa! Somos do nordeste, mas Minas Gerais tem uma comida diferenciada e um tempero que a gente só encontra aqui!”


O casal almoçou no Rancho e Marcos contou sobre a experiência: “Estamos fazendo a visita com guias, então ele está priorizando nos levar em restaurantes típicos locais. Almoçamos no Rancho, que eu já conhecia, e foi uma experiência legal, porque você vê o fogão a lenha, a comida bem fresquinha, você sente que não tem muito industrializado, sente o frescor.”


Turistas de diversas partes do Brasil se deslocam até as cidades históricas da Região dos Inconfidentes. A convite de familiares, o casal catarinense Sara Afonso e Renato Pereira visitou Minas Gerais e ambos se surpreenderam com a experiência gastronômica em Mariana. “Eu acredito que cada turista busca um tipo de experiência. Na nossa concepção de turismo, o lugar chamou mais a atenção do que a gastronomia, mas as experiências gastronômicas que estamos tendo até agora aqui em Minas são bem positivas”, contou Sara.


E algumas dessas experiências podem ser o primeiro contato com

ingredientes e pratos diferentes, como conta Renato: “Eu comi um negócio sem saber, era língua. Eu achei que era outra carne de boi, mas não sabia que era língua, ela (Sara) sabia e não falou, mas era boa”.


Renato Pereira e Sara Afonso no Jardim em Mariana| Foto: Bianca Parma


Uma iguaria que está frequentemente presente como item obrigatório no cardápio dos turistas é o doce de leite. Sara e Renato relatam que já provaram o tradicional doce mineiro de várias formas e em várias receitas, como em sorvetes, o doce em pedaços e no recheio do rocambole em Tiradentes.


A chef Milsane, do restaurante Sebastião, afirma que não existe turismo sem gastronomia. “Não é garantido que nenhum turista vai consumir nada numa cidade. Não é garantido que ele vá dormir, ele pode estar só de passagem. Não é garantido que ele vai entrar numa farmácia e consumir um produto, ou que ele vai abastecer o carro. Mas é 100% garantido que se ele ficar quatro horas numa cidade, ele vai comer alguma coisa”, ressalta.


O chef Gabriel, do restaurante O Passo, concorda com Milsane quando ela explica: “Eu acho que você não volta para o lugar para ver a mesma igreja duas vezes. Pode até ser que você passe por aqui duas vezes e veja a igreja de novo. Agora a gente sempre volta para comer a mesma coisa se aquela comida te marcou, né?”. Fato comprovado por Bárbara, que afirmou: “Com certeza quero voltar, mais pela parte gastronômica mesmo.”


A rica herança gastronômica de Minas Gerais oferece uma experiência sensorial única que complementa perfeitamente a riqueza histórica e cultural das cidades de Ouro Preto e Mariana. Ao explorar os sabores autênticos e tradicionais mineiros, os visitantes mergulham na história também por essa culinária que têm resistido ao teste do tempo. A gastronomia se revela como um elo entre o passado e o presente, enriquecendo a jornada dos turistas e solidificando Ouro Preto e Mariana como destinos turísticos verdadeiramente completos.




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