Instituições educacionais e acolhedoras fortalecem parcerias para inclusão e compromisso com a comunidade.
Evelin Almeida, Marina Ferreira e Sarah Daier
Aluna da educação infantil da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Mariana | Foto: Evelin Almeida
O Brasil possui cerca de 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, de acordo com resultados da Pnad Contínua 2022. Em Mariana, a Comunidade da Figueira e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) são os principais locais de acolhimento para estas pessoas. Este número chega a 4.112 na cidade, ao considerar o percentual definido pelo Grupo de Washington para Estatísticas sobre Pessoas com Deficiência, adotado como referência pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2018. Ainda assim, ambas as instituições não conseguem atender nem 10% deste total. Atualmente, a Figueira possui 70 usuários que frequentam a instituição durante o dia, enquanto na Apae são 182 alunos no período regular escolar, manhã e tarde, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O Grupo de Washington definiu o novo tipo de abordagem de análise na elaboração de pesquisas e dados relacionados a pessoas com deficiência. Agora, o percentual considerado para esse público é 6,7% de pessoas em uma população total, qualquer que seja a região. Por esse motivo, os dados atuais são baseados no novo percentual, pois não há um Censo que apresente tais relações na cidade. A presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Mariana (ADEM) e do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência (Comped), Maria Aparecida Tavares, 59 anos, comenta sobre esta falta: “A gente [da ADEM] está realizando um projeto justamente para ter um Censo de Mariana das pessoas com deficiência. Ele já está em andamento na Câmara Municipal, e também contamos com o apoio da Prefeitura. Quem está fazendo é a empresa Masterix.” Atualmente, de acordo com Maria, o censo encontra-se na etapa de elaboração do formulário e não há uma estimativa de data para a conclusão dos resultados finais.
Fachada da Associação das Pessoas com Deficiência de Mariana | Foto: Sarah Daier
Ao considerarmos que mais de quatro mil pessoas possuem algum tipo de deficiência em Mariana, pode-se questionar onde elas estão inseridas e como é o seu convívio em sociedade. É nesse contexto que se destacam a Comunidade da Figueira e a Apae, dois exemplos de instituições sem fins lucrativos que acolhem, cuidam e educam indivíduos que tradicionalmente não são incluídos nos espaços sociais.
Essas entidades filantrópicas compõem o quadro da Assistência Social e de Educação do município, voltadas para a atenção cuidadosa às pessoas com deficiência (PcD). Desenvolvem métodos específicos que trabalham aspectos cognitivos, sociais e emocionais das pessoas atendidas. A coordenadora da Comunidade da Figueira, Solange Ribeiro dos Santos Reis, 58, descreve esses trabalhos: “A atividade feita na comunidade da Figueira, desde a chegada dos nossos usuários, é o cuidado. A gente faz os trabalhos dos banhos, da alimentação, das medicações, em primeiro lugar. Temos a fisioterapia, além das oficinas durante o dia. Oficinas de tudo: de dança, de histórias, do coral, da música, da culinária; nós temos a horta; atividade feita aqui com os artesanatos, reciclagem. São várias atividades”.
Diferente da Figueira, a Apae é uma escola: “A Apae oferece serviços nas áreas da educação, assistência social e saúde. É um lugar onde acontece a inclusão, de fato, porque a inclusão proposta nas escolas não funciona. Eles estão no meio daqueles que são semelhantes a eles em termos de deficiência”, explica a diretora da Apae, Maria Maciel, a respeito da diferença a partir das atividades desenvolvidas. Conhecer cada uma delas é a porta de entrada para entender a sua importância na vida das famílias atendidas.
Comunidade da Figueira
Trata-se de uma instituição pertencente à Fundação Marianense de Educação, fundada em 1990 pelo Arcebispo Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida. Sua missão é dar apoio às pessoas com deficiências do município de Mariana, com profissionais capacitados para atender usuários com idades variadas, visando o resgate da inclusão social e da cidadania plena.
O nome da instituição carrega fortes significados. A figueira é uma árvore frutífera que pode ser encontrada em todo o mundo e possui diferentes significados entre gregos, egípcios e no Cristianismo. Para os gregos, a figueira ficou conhecida como “a planta que era imune aos raios”; para os egípcios, ela simboliza prosperidade, fecundidade e sabedoria espiritual; e para o Cristianismo, o acolhimento daqueles que seriam descartáveis diante da sociedade. Relembrar essas raízes é reafirmar os valores iniciais. Esta história é contada na Revista Comemorativa da Comunidade da Figueira, lançada em agosto de 2021, em comemoração aos 30 anos da instituição.
Fachada da Comunidade da Figueira | Foto: Sarah Daier
Derenice dos Santos Jorge, de 50 anos, expressa o significado de acolhimento e ressocialização dentro da Figueira. Ela é irmã de Denise Diva dos Santos, 57, que está sob sua guarda e possui uma história dentro da instituição. Derenice fala em como a Comunidade da Figueira mudou a percepção de Denise e da família em relação à vida.
Para Derenice, a Figueira é como uma família. Sabe do cuidado sensível dos profissionais com a irmã, porque lá ela recebe atendimento médico, psicológico, fisioterapia, além de ser o lugar no qual ela teve todo o apoio para superar o falecimento do pai. Denise possui baixa visão e deficiência física e uma das atividades que mais gosta de realizar é cantar.
Derenice Santos na Comunidade da Figueira | Foto: Sarah Daier
“Nós produzimos amor aqui. Um exemplo: um cadeirante que nunca conseguiu se alimentar sozinho, mas consegue fazer um tapete com a técnica dele. Nós mostramos e demos oportunidade de ele fazer do jeito dele, que é perfeito do jeito dele. A oportunidade de mostrar pra eles que todos nós temos dons”. - Solange Ribeiro
Solange Reis exemplifica, em sua fala, uma parcela do trabalho realizado pela instituição, com o apoio de profissionais técnicos, como a psicóloga e os assistentes sociais. O acolhimento do usuário, antes de chegar à instituição, acontece por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) ou Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e, depois, o contato com a família é feito em uma reunião de acolhimento que determina a inserção ou não da pessoa na Comunidade.
Solange Ribeiro, coordenadora da Comunidade da Figueira | Foto: Sarah Daier
A comunicação com as famílias é diária. Solange diz que, além do WhatsApp, as visitas são fundamentais para saber como é a situação do(a) usuário(a) em casa, que é repassada pelos monitores para que os profissionais da instituição possam trabalhar as dificuldades daquele dia.
Isso tudo é possível, segundo a coordenadora, graças às doações que recebem e do apoio do município, que ajuda com o transporte e com o pagamento dos funcionários. “Tudo que você vê, um móvel, uma fraldinha, um alimento, um banquinho, uma roupa de cama, tudo é doação, mas nós temos funcionários. E aí é a espécie que nós precisamos, que é o mais complicado”, diz ela, referindo-se ao dinheiro.
Mas, em meio a esse amor, como em toda instituição, existem as dificuldades enfrentadas para garantir que as portas permaneçam abertas diariamente. Uma dessas preocupações é sobre o repasse do pagamento dos funcionários pela Prefeitura, para o próximo ano , visto que em 2022 eles não receberam esse apoio. “Aqui nós temos voluntários, mas eu não posso posso contar sempre com pessoas voluntárias. Precisamos manter os funcionários também”.
Solange também explica a diferença entre as denominações “usuário” e “aluno”, utilizadas na Figueira e na Apae, respectivamente. “Nós não temos alunos aqui, temos usuários. Usuário na assistência social é aquela pessoa que precisa do seu cuidado. É uma palavra técnica”.
Apae de Mariana
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Mariana completa 30 anos, em 2023, dedicada ao trabalho com crianças, jovens e adultos. A Apae busca angariar cada vez mais apoio da comunidade para que o projeto continue a trazer resultados para a sociedade marianense.
Fachada da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Mariana | Foto: Evelin Almeida
A instituição atende pessoas de seis meses a 60 anos com deficiência intelectual e síndromes diversas. Também oferece atendimento nos níveis infantil, fundamental nos anos iniciais (1º ao 5º ano) e em Educação de Jovens e Adultos (EJA), anos iniciais e finais. “A primeira coisa para poder ser matriculado na Apae, a base, é que ele tenha deficiência intelectual ou múltipla.” De acordo com a diretora Maria Maciel, é necessário um laudo de um profissional especializado exigido nesta primeira ocasião. A partir desse momento acontece o processo de anamnese com ele, psicológica e social: “ Na anamnese a mãe vai falar com assistente social todo o histórico de vida desse aluno. Desde quando ele nasceu, se ele demorou para falar, para andar, como é que foi o parto. Porque essas são informações importantes pra gente lá na frente escolher, qual o currículo que a gente vai desenvolver com esse aluno”.
A Apae de Mariana instalou em sua sede o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde (Pronas) da pessoa com deficiência, clínica especializada que oferece atendimento nas áreas de Psicologia, Assistência Social, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutricionista e Neurologista.
Para Maciel marco das três décadas de funcionamento da Apae é uma data símbolo de muita luta, persistência e trabalho mútuo. Ela espera que esta seja uma data comemorada por toda a comunidade e reforça que essa é uma ótima oportunidade para firmar parcerias com os veículos de comunicação e com os órgãos públicos da região, com o objetivo de dar mais visibilidade à associação e compartilhar o trabalho realizado por toda a sua equipe.
Maria Maciel, diretora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Mariana | Foto: Sarah Daier
Graças à dedicação e aos esforços das equipes de profissionais da Comunidade da Figueira e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mariana, destinados aos usuários e alunos, histórias de vida são mudadas e famílias conseguem recuperar a paixão e a alegria pela vida. Assistência, acolhimento, cuidado e ensino são palavras que exemplificam as histórias de Regina Célia Santos e Djanira Silva .
Figueira é sinônimo de família
Em uma manhã de segunda-feira, na Comunidade da Figueira, localizada na Rua Cônego Amando, 278, nos encontramos com Regina Célia Santos, 50 anos, prima de Janice Maria Ferreira, responsável pelos cuidados dela e de José Roberto Ribeiro, seu cunhado.
O dia está cinza, mas o cenário ao redor é como se invertesse para um céu azul de um dia ensolarado. Temos três banquinhos à disposição, que ficam na área externa, com um gramado verde e uma cama elástica ao lado, uma parede ao fundo pintada com desenhos de árvores, flores e animais.
Regina Santos, prima da usuária da Comunidade da Figueira, Janice Ferreira | Foto: Sarah Daier
Regina fala sobre o início da trajetória de Janice Ferreira e de José Roberto, na Figueira. Janice, antes de entrar para a Figueira, era aluna da Apae: “Mas lá não tinha monitor para colocar ela na van. Foi quando ela veio para a Figueira. Porque aqui [na Figueira] tem monitor e todo o cuidado que ela precisa e lá [na casa de Janice] não tinha a mesma assistência, porque ela precisa de alguém para colocar na van”. Ela não se recorda do ano em que Janice entrou na Comunidade, pois na época ainda era criança, mas afirma que tem pelo menos dez anos. Por outro lado, José Roberto é um dos usuários mais antigos da instituição.
Regina pontua, em diversos momentos, sobre a condição de saúde dos seus tios e como isso influencia nos cuidados e nos tratamentos com Janice. A mãe de Janice, de 67 anos, tem uma doença mental crônica que se caracteriza pela dissociação do real com o imaginário, a esquizofrenia. O pai, 68, também não possui condições estáveis de saúde mental. Por isso, a prima pontua como a Figueira traz vida à Janice, possibilita que ela tenha uma rotina saudável. Com profissionais que acompanham sua saúde, sua alimentação e sua medicação da forma correta, além de incentivar sua participação em atividades, como o canto, que, segundo Regina, é algo que Janice ama fazer, mesmo tendo dificuldades com a fala.
A relação dos pais de Janice com a prima nunca foi fácil. Marcada por sua persistência, ela acredita na empatia e no amor ao próximo. “Mal de Janice se não fosse a Figueira e mal de mim também, porque é aqui que eu encontro o suporte que preciso para ajudar. Eu não tenho condições de ajudar cem por cento, tenho minha casa, minha família, meu irmão, minha mãe”. E completa, em outro momento, sobre quando os pais de Janice eram ainda mais resistentes: “De certa forma, eu estava interferindo, intrometendo na vida deles por ser porta-voz de Janice, de falar que ela tinha que ir para a Figueira, porque, por eles, é mais cômodo a Janice ficar em casa. Eles não querem ter o compromisso com a Janice em ter que liberar nessa hora, eles preferem ficar na mesmice deles do que ter esse carinho”, desabafou.
Contudo, mesmo diante das dificuldades, ela diz que a confiança foi se desenvolvendo com o tempo. “Eu chegar depois do horário normal da rotina dela e não tomar xingo deles é uma conquista muito grande”. Ela também compreende a situação e a reação negativa inicial dos pais de Janice, por não terem tido o apoio e a oportunidade de acolhimento que a filha teve, principalmente porque a família, de um modo geral, não possui um vínculo afetivo tão forte.
Janice é uma pessoa que “tem muita vida e muita luz” e “não dá para não amar, não dá para fingir que ela não precisa de cuidado”, afirma Regina. Ela vê essa relação como uma missão que deve cumprir na Terra e diz: “Eu peço a Deus que me dê sabedoria e discernimento para, diante das misérias humanas, a gente sobreviver e continuar”.
Esse amor se estende também ao José Roberto. “Ele é uma pessoa muito inteligente e independente. A única coisa que ele não faz é cuidar de lavar a roupa dele, isso ele manda para ‘mim’ lavar.” Muito mais que Figueira, para José Roberto, é como se fosse um trabalho, “[..] ele não tem a Figueira como se ele fosse limitado, ele tem a figueira como um trabalho, ele tem o espaço dele aqui na Figueira, a oficina onde ele constrói. Ele construiu até os ‘móveiszinhos’ com gaveta. Quando é dezembro e janeiro também ele tem um momento dele de férias, ele volta o dia que ele põe na cabeça.”
“Sem a Apae a gente não teria chão”
Em um prédio cinza claro, localizado na Avenida dos Salgueiros, em Mariana, está localizada a Apae, onde encontramos Djanira Geralda da Silva, de 43 anos, mãe de Gabriel Salvador da Silva, de 12 anos. Djanira é voluntária da Apae e Gabriel é aluno da instituição desde os três anos de idade, quando sofreu convulsões e precisou dar entrada ao hospital “praticamente morto”. A história começa assim, com o coração acelerado de uma mãe no momento em que seu filho vai para o hospital.
“Acho que ficou 12 segundos [desacordado], que os médicos falaram. Aí já veio com a sequela e, na mesma hora, o médico pediu para ‘estar vindo’ na Apae. Antigamente, quando o Gabriel entrou, podia ficar três dias aqui e o restante na escola regular, na creche. Só que aí ele não estava se adaptando na creche, por ser ‘especial’, mais agitado, então ao invés de estar ganhando, ele estava regredindo”, disse. Ao longo da história, ela contou como vê diferença entre a escola regular e a educação especial, já que a primeira não possui o preparo necessário para o acolhimento e o desenvolvimento de alunos com deficiência.
Gabriel possui deficiência intelectual e epilepsia, por isso, o suporte oferecido na Apae, para Djanira, é fundamental. “Infelizmente, antes de virem as férias, ele teve uma crise epiléptica aqui na Apae, que foi difícil para voltar, e, graças a Deus, aqui agora tem um enfermeiro. Então já deu aquele suporte, já encaminhou ele para a Policlínica. (...) O problema dele é que ainda não fechou um diagnóstico, por causa desse atraso intelectual que ele tem, que se confunde muito com o autismo”.
Djanira Silva, mãe do aluno Gabriel Silva, estudante da Apae de Mariana | Foto: Sarah Daier
Esse apoio da instituição consegue trazer bons resultados graças à boa relação entre a equipe de profissionais e as famílias. Djanira Silva diz que as reuniões e as trocas de experiências são uma forma de entender que todos têm seus percalços, além de que, quem ganha é a criança quando escola e família trabalham juntos. “Se não fosse a Apae, acho que eu estaria perdida com a educação dele”, completa.
Educação
Conforme a conversa progrediu, Djanira voltou a abordar as dificuldades das escolas regulares ao lidar com alunos com deficiência. De acordo com ela, salas muito cheias da escola regular impedem uma educação eficaz com o aluno que necessita de um atenção especial. Ela faz questão de contrastar isso com a situação na Apae, onde o número de alunos é menor, e compartilha o comentário da professora da Apae: "dá para abranger o aprendizado".
Ela completa e reforça que a educação na Apae consegue focar mais em dificuldades específicas dos alunos e desenvolvê-las, como aconteceu com Gabriel. “Antes ele não falava, (...) não conseguia sentar igual a gente ‘tá’ sentando. Você sempre tinha que escorar para ele não tombar, e na escola regular não tem isso. (...) Tem coisas que antes você deduzia o que ele falava. Agora, não, agora você consegue entender o que ele fala”.
A mãe também desabafou a sua insatisfação de quando via o caderno do filho faltando atividades, quando ele ainda estudava na escola regular. “Tinha reunião de pais e a professora me entregava o caderno dele limpo. (...) Ela nem colava as atividades. Aí eu só ficava brigando e, aqui [na Apae], não. Mesmo que ele não faça, a professora cola no caderno, ele tem aquela atividade, do jeito dele”.
Fora da instituição, Gabriel é um rapaz tranquilo. Djanira diz que ele fica agitado apenas quando está em ambientes que não conhece ou com pessoas desconhecidas. Nos momentos de lazer, procura sair com o filho para lugares com pouco barulho e que não o deixam agitado. Felizmente, hoje é assim, mas antigamente Djanira evitava sair, com receio do filho não se adaptar. “Eu preferia pedir para consumir em casa do que levar ele nos ambientes. Aí a psicóloga falou assim: ‘não, vai fazendo isso, vai trabalhando essa questão, para ele também socializar’. Porque quando é alguma festa aqui na Apae ele não me dá trabalho, é o ambiente dele, então ele fica tranquilo. Mas se é um ambiente que ele não conhece, ele já fica bem agitado”. Ao final da conversa, Djanira reforça como o apoio da instituição é essencial para a vida da sua família e diz: “Se não fosse a Apae eu falo que a gente não teria chão”.
Djanira Silva e seu filho Gabriel Silva, estudante da Apae de Mariana | Foto: Sarah Daier
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